quarta-feira, 26 de maio de 2010

BIOGRAFIA PROFESSORA MARIA REGINA SANTOS DE OLIVEIRA




Maria Regina Santos de Oliveira

Maria Regina Santos de Oliveira nasceu no dia 16 de setembro em Osório, Rio Grande do Sul,Brasil.Professora de História, Profissional em elaboração de projetos sociais e educacionais, Pesquisadora, Historiadora,Cronista, Fotografa e Artesão.
Sua formação profissional desde o Magistério a pós – graduação foram na Faculdade Cenecista de Osório. Professora de história com duas especializações uma em Diálogos Entre a Literatura e a História do Rio Grande do Sul sendo que o trabalho de conclusão foi “Festa do Divino Espírito Santo,uma comparação entre a segunda metade do século XIX e a contemporaneidade na cidade de Osório”, e a outra em Gestão e Supervisão Educacional , sendo que o trabalho de conclusão foi “A Comunicação na Instituição Educacional”. Cursou dois anos de Direito na mesma instituição. Freqüentou o mestrado em educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Morou por mais de três anos nas Ilhas Açorianas onde fez um trabalho de pesquisa sobre as Festas do Divino Espírito Santo e Cultura Popular, com entrevistas , fotografias e exposições. De volta ao Brasil trabalhou no Espaço Cultural Conceição na elaboração de projetos em eventos , “MARCHAND” onde é associada, casa do artesão de Osório e na Faculdade Cenecista de Osório no departamento de pesquisa, extensão, pós – graduação e cursos técnicos,participou do grupo de criação do projeto Pedagógico da instituição Cenecista .Foi diretora do Museu Antropológico de Osório,diretora de escolas da rede municipal de Osório,supervisora de escolas e creches municipais e coordenadora de equipes educacionais e projetos. Atualmente morando nos Açores Ilha de São Miguel desenvolve um trabalho de pesquisa sobre as Festas do Divino Espírito Santo sendo que a pesquisa na Vila Rabo de Peixe foi selecionado para publicação no livro do evento IV Congresso Internacional sobre o Espírito Santo na Califórnia em São José e Santa Clara representando a “AIPA”(Associação dos Imigrantes nos Açores), onde é associada. Realizou uma conferencia sobre as Festas do Divino Espírito Santo no Município de Osório,Rio Grande do Sul,Brasil e o profissional que trabalha em Museus na Casa do Arcano, Ribeira Grande,Ilha de São Miguel.
“Não acreditar numa coisa não faz deixar de existir... Os seres encantados, todos eles, existem independentemente da crença das pessoas neles...”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MUSEU






MUSEU
Museus em plena actividade nos Açores
No dia 18 de Maio de 2010 na Casa do Arcano foi comemorado o dia Internacional dos Museus o tema este ano foi “Museus e Harmonia Social”, sugerido pelo ICOM, Conselho Internacional de Museus , organismo criado pela UNESCO , este foi comemorado em grande estilo com exposições e palestras sobre as Festas do Divino Espírito Santo. Como pesquisadora não poderia deixar de falar sobre a história dos museus e um pouquinho do Museu da Casa do Arcano que fica na Ribeira Grande, Açores, Ilha de São Miguel.
A palavra Arcano
A palavra Arcano vem do Latim "Arcanus" e significa "um mistério", cujo conhecimento é indispensável para compreender um " grupo" determinado de fatos, leis ou princípios. No sentido mais amplo, o termo Arcano inclui toda a ciência teórica referente a qualquer atividade prática em um determinado campo. O Arcano pode ser expresso oralmente, através da escrita ou, ainda, através de símbolos utilizados pelas antigas escolas de iniciação para transmitir os ensinamentos sagrados, pois estes sempre passaram e continuam passando desapercebidos.
O Arcano
O “ Arcano Místico” é um móvel com valor cultural, artístico, histórico e religioso construído por Madre Margarida do Apocalipse, freira egressa do ex-mosteiro do Santo Nome de Jesus, em meados do século XIX (1835-1858). Por disposição testamentária (1857), Madre Margarida do Apocalipse fez doação à Confraria do Santíssimo Sacramento da Matriz de Nossa Senhora da Estrela do Arcano Místico.

O Museu “Casa do Arcano” encontra-se instalado na casa onde viveu a Madre Margarida do Apocalipse, autora do Arcano Místico, um conjunto esculturas em miniaturas religiosas já classificado como Tesouro Regional dos Açores.
No primeiro andar, e na sala principal está instalado o Arcano Místico, transferido do Coro Alto da Igreja da Matriz após um meticuloso trabalho de recuperação. A sala do Arcano está equipada com um sistema de climatização que regula a umidade e a temperatura.
Toda a Casa Museu tem um sistema de controle dos índices de temperatura e umidade.
O Arcano traduz um relato bíblico e de escritos apócrifos, com pequenas figuras moldadas numa massa composta por farinha de arroz e de trigo, goma-arábica, gelatina animal e vidro moído, representando os mistérios do Antigo e do Novo Testamento.
É um conjunto esculturas religioso, de tradição conventual, organizado em três divisões verticais de um grande móvel-expositor (200x200x200 cm), constituído por cerca de noventa grupos agregados de pequenas figuras policromas (1 a 20 cm) e outros elementos, todos identificados por legendas, representando cenograficamente os Mistérios mais importantes do Antigo e Novo Testamento.
Há bons motivos para acreditar que Madre Margarida Isabel do Apocalipse, ainda freira no Convento do Santo Nome de Jesus (1800-1832), tenha dado início à idéia de criação do Arcano Místico, tendo dado continuidade a este projeto já na sua própria casa, possivelmente um ano ou dois antes da sua morte, deixando-o incompleto.
Obra de minuciosas figuras artísticas, a mesma revela as características da personalidade da sua autora.
No seu testamento, escrito em 1854, a autora explica o Arcano Místico como sendo o que “contem os Mistérios mais importantes do Antigo e novo Testamento, que
o móvel onde esta a exposição é composto por figurinhas, todas elas moldadas à mão e formadas por vários materiais, tais como farinha de arroz, gelatina animal, goma-arábica e vidro moído.
Um levantamento dos temas que o Arcano contém levou à identificação de 92 quadros, sendo que no meio dos mesmos existem representações de temas não bíblico.
A autora
Margarida Isabel Narcisa, Margarida Isabel ou apenas Margarida era filha de José Francisco Pacheco Moniz e de D. Inês Eufrázia Botelho de Sampaio Arruda. Nasceu no seio de uma família influente no meio ribeiragrandense a 23 de Fevereiro de 1779, na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da então vila da Ribeira Grande. Faleceria a 6 de Maio de 1858 na freguesia Matriz da mesma cidade, estando sepultada em local incerto no cemitério de Nossa Senhora da Estrela.
Em Fevereiro de 1800, Margarida, adotando o nome religioso de Madre Margarida do Apocalipse, tomou o véu de clarissa do Mosteiro do Santo Nome de Jesus da Ribeira Grande. Nele permaneceria, com esporádicas saídas por motivos de saúde, até à extinção dos conventos e mosteiros nas ilhas dos Açores, em Maio de 1832. Todavia, na sua própria casa, manter-se-ia freira clarissa até o seu falecimento.




UMA VISÃO DE MUSEU NO CONTEXTO HISTÓRICO

A palavra museu vem do latim "museum", que por sua vez é derivado da Língua grega antiga "mouseion".
O museu era um templo das musas, deusas da memória, filhas dela com Zeus. Mnemosine, a musa da memória, é filha de Gaia com Urano. Mais tarde, na época da Dinastia ptolemaica, Ptolemeu II Filadelfo mandou construir em Alexandria um edifício a que chamou "Museu"[2] Estava dedicado ao desenvolvimento de todas as ciências e servia, além disso, para as tertulias dos literatos e sábios que ali viviam, sob o patrocínio do Estado. Naquela instituição foi se formando, gradativamente, uma importante biblioteca.
Os escritores latinos supuseram a existência de um significado adicional de "museu", ao que tudo indica referindo-se a grutas que, situadas dentro das vilas, os seus proprietários utilizavam-nas para retirar-se e ali meditar
O museu actualmente


Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, Brasil.
Os modernos museus dedicam-se a temas específicos, inscrevendo-se em uma ou mais das seguintes categorias: belas-artes, artes aplicadas, arqueologia, antropologia, etnologia, história, história cultural, ciência, tecnologia, história natural. Dentro destas categorias alguns especializam-se mais, como por exemplo: arte moderna, ecomuseus, industriais, de história local, da história da aviação, da agricultura ou da geologia.
Há também os museus ao ar livre, que mostram e erguem edifícios antigos em zonas amplas ao ar livre, geralmente em locais que recriam paisagens do passado. O primeiro foi King Oscar II's coleção próxima a Oslo, aberta em 1881. Em 1891 Arthur Hazelius fundou o famoso Skansen em Estocolmo, que se transformou no modelo para museus abertos subseqüentes do ar na Europa do norte e oriental, e eventualmente em outras partes do mundo.

MASP, um dos principais museus do mundo e o mais importante da América Latina, em São Paulo, Brasil.
Os museus são instituições especializadas, e, por isso, necessitam de mão-de-obra qualificada, como museólogos, restauradores e outros profissionais, capazes de manter a conservação do acervo. Ele é dirigido geralmente por um curador, quem tem uma equipe de funcionários que cuidam dos objetos e arranjam sua exposição. Muitos museus associaram-se aos institutos de pesquisa, que são envolvidos freqüentemente com os estudos relacionados aos artigos do museu. Eles são geralmente abertos ao público por uma taxa. Alguns têm a entrada livre, permanentemente ou em dias especiais, por exemplo uma vez por semana ou ano.
O museu próprio ou um instituto associado podem organizar expedições para adquirir mais artigos ou documentação para o museu, uma atividade famosamente descrita na abertura do filme "Raiders of the Lost Ark" (Os Caçadores da Arca Perdida[BR]/Os Salteadores da Arca Perdida[PT]). Eles podem também adquirir artigos como donativos, vendas ou comércios. Por exemplo, um museu caracterizado de arte impressionista pode receber uma doação da cubista trabalho que simplesmente não pode caber nas exibições do museu, mas pode ser usado para ajudar adquirir uma pintura mais relevante. Os museus maiores tem um "departamento de aquisições" cuja equipe de funcionários que seja tempo integral ligado neste tipo de atividades
Os museus no Brasil
Durante o período colonial podemos citar a experiência da Casa dos Pássaros. A instituição procedia a taxidermia de aves para instituições no reino.
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), estabeleceu-se uma nova dinâmica no surgimento de instituições culturais:
• Em 1816 foi criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, embrião do atual Museu Nacional de Belas-Artes;
• Em 1818 foi criado o Museu Real, embrião do atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.


Museu de Ciências Morfológicas, na UFMG.
Após a Independência, novas instituições foram fundadas:
• 1838, o museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
• 1864, o Museu do Exército;
• 1868, o Museu da Marinha; e
• 1871, o Museu Paraense Emílio Goeldi.
Finalmente, no período Republicano, destacam-se a criação:
• em 1906, do Museu Municipal de Iguape
• em 1922, do Museu Histórico Nacional
• em 1932, do curso de Museus
• em 1934, da Inspetoria de Monumentos Nacionais[3]
• em 1937, do Museu Nacional de Belas Artes
• em 1938, do Museu da Inconfidência
• em 1940, do Museu Imperial
• em 1947, do Museu de Arte de São Paulo
Mais recentemente, na década de 1960, destacaram-se a criação dos museus Villa-Lobos e da República (1960), além de inúmeros museus militares e municipais, e do Museu Lasar Segall (1967).
A década de 1970 foi marcada, a partir da Mesa Redonda de Santiago do Chile (1972), pelo "Movimento da Nova Museologia" (MINOM) que se consolida na década de 1980. Países como o México, a França, a Suíça, Portugal e o Canadá foram os formuladores iniciais desta concepção.
Em março de 2006 inaugurou-se o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade com o maior número de falantes do idioma no museu.