FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NO MUNÍCIPIO DE OSÓRIO

A Religiosidade foi um dos maiores legados que a cultura portuguesa deixou para o Brasil.
Por todo país, muitas formas de expressão religiosa denotam claramente a influência de nossos colonizadores. Uma dessas formas, que se destaca por estar presente em praticamente todos os recantos do território brasileiro é o culto ao Divino Espírito Santo, que devota a Terceira pessoa da Santíssima Trindade. O culto ao Divino Espírito Santíssima Trindade.

O culto ao Divino Espírito Santo nasceu nasceu em 1296, na cidade de Alenquer, em Portugal. A então rainha Isabel de Aragão, chamada de Rainha Santa, prometeu instituir um dia de culto casa Espírito Santo resolvesse as desavenças entre seu marido, dom Diniz, e seu filho. Vendo atendido seu pedido, passou a coroa um mendigo, que se tornava rei por um dia no ano. No Rio Grande do Sul, a tradição vêm desde a chegada dos primeiros açorianos, entre os anos de 1748 a 1756.

Durante todo esse tempo, sofreu influência de outras culturas, incorporando novos elementos. Ainda assim, mantém muito da forma original. No município de Osório, as Festas do Divino chegaram juntamente com os colonizadores açorianos no ano de 1773. Os tropeiros do Divino que fazem parte atualmente das festas abrilhantam mais esta cultura sócio, religiosa. Os foliões estão dando continuidade ao seu trabalho passando com fé para as gerações atuais a tradição destas festas.

O Divino Espírito Santo está representado em Osório pela réplica do Império que foi construído ao lado da Paróquia N.Sra. da Conceição, Catedral de Osório, procurando manter a arquitetura antiga.
Na abertura da festa é feito o levantamento do mastro em frente ao Império com participação dos festeiros, foliões e os tropeiros do Divino.

Houve um período em que as Festas do Divino passaram por dificuldades, um projeto de reativação da festa foi feito juntamente com as escolas locais onde os alunos participam ativamente das novenas e da festa. As ruas do município de Osório e as casas são todas enfeitadas com bandeiras vermelhas e brancas e com a Pombinha que é um dos símbolos do Divino Espírito Santo. A igreja também faz parte deste projeto com uma das irmãs e voluntários, que contam a história da Festa do Divino nas escolas levando as bandeiras e outros símbolos.

A FACOS, Faculdade Cenecista de Osório recebe todos os anos a visita dos foliões do divino que fazem sua apresentação juntamente com os festeiros passando em cada departamento com a bandeira para que ela seja apreciada pelos professores, estudantes e funcionários divulgando assim a cultura local.

No Parque eólico de Osório a Folia do Divino também esteve presente com todo o seu ritual para abençoar os funcionários e amigos que lá estavam participando da construção de setenta e cinco torres,o parque eólico é o segundo maior da América Latina, gerenciado e liderado pelo engenheiro paulista João Baptista Junqueira Vieira que recepcionou a todos com carinho e atenção passando as bandeiras em todos os setores

O império do Divino hoje tem um lugar privilegiado no município de Osório, nele é guardado os símbolos antigos e atuais que fazem parte dos rituais das festas, fotos antigas e atuais das festas e no que antecede a festa o império é aberto a visitações onde um professor ou pesquisador contam a história das Festas e do município. O Império do Divino Espírito Santo do município de Osório não tem uma irmandade formada com estatutos, ela é administrada pela igreja e pelos festeiros, que a cada ano é feito um sorteio e é escolhido os novos festeiros que geralmente é um casal da comunidade católica , que convida um casal de noveneiros, o casal de noveneiros convida oito casais de apoio e assim é distribuída as tarefas entre eles.

Casa Imperial

O Festeiro no dia da Festa é coroado Imperador na Igreja. O boldo já não existe mais, as promessas são feitas e cumpridas no dia da coroação do Festeiro , as crianças são vestidas de anjos e participam da procissão. No final da procissão o padre dá a benção e os fiéis rumam em direção ao salão paroquial para o almoço de encerramento da festa.Portanto a cada ano que passa as Festas do Divino Espírito Santo no Município de Osório vem conquistando espaços importantes, perante as empresas privadas, faculdades, escolas,igreja e na vida cotidiana dos osorienses.

Maria Regina Santos de Oliveira.

Professora de História

Especializada em Festas do Divino Espírito Santo/Este texto foi extraído da monografia do curso de especialização com o título (Festa do Divino Espírito Santo, Uma Comparação Entre A Segunda Metade Do Século XIX E A Contemporaneidade no Município de Osório) publicada em 2007.

Especialização: Diálogos Entre a Literatura e a História do Rio Grande do Sul

Especialização: Gestão e Supervisão Educacional

Atualmente cursando Direito na FACOS

Trabalha no Departamento de Pesquisa Extensão e Pós Graduação da FACOS

Terceira
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Terceira

Dados gerais:
País
Portugal
Localização
Oceano Atlântico
Arquipélago
Açores
Coordenadas
Área
402,2 km²
Perímetro
90 km
Ponto culminante
1.022 m
Altitude média
m
População
55.833 hab. 2001
Densidade
hab./km²
Imagem
Ilha Terceira vista do espaço.
Como indica o seu nome, foi a terceira ilha do Arquipélago dos Açores a ser descoberta, depois de Santa Maria e de São Miguel.
A ilha Terceira tem aproximadamente 29 km de comprimento e 18 km de largura, medindo o seu perímetro 90 km e tem uma área de 402,2 km2. A sua população é de 55 833 habitantes (censo de 2001). O ponto mais alto da ilha está a uma altitude de 1022 m e situa-se na Serra de Santa Bárbara, no lado Oeste.
A Terceira é atravessada pelo Rifte da Terceira, uma estrutura geológica associada à junção tripla entre as placas tectónicas Euroasiática, Africana e Americana.
A ilha Terceira desempenhou um papel de grande importância por altura dos Descobrimentos, devido à sua boa localização geográfica.

Imagem MODIS da Terceira (1992).
As paisagens da ilha são de grande beleza, com aspectos bastante característicos, como a vista do vulcão que forma o Complexo desmantelado da Serra do Cume, na zona Este, e com vista sobre Praia da Vitória e as Lajes. A zona Oeste da ilha está coberta por vegetação exuberante existindo muitas criptomérias. Na costa norte, pode-se observar a ponta dos "mistérios", e a zona balnear dos Biscoitos, com os seus vestígios de erupções vulcânicas. No interior é de assinalar a gruta do Algar do Carvão e as fumarolas das Furnas do Enxofre.

Cidade de Angra do Heroísmo e Baía de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, Portugal.
A Geomorfologia da Ilha Terceira faz com que a ilha apresente uma paisagem muito variada. Divide-se entre planície como a planície da Achada e a serra como a Serra de Santa Barbara com os seus 1021 metros de altitude, como expoente máximo. A Caldeira Guilherme Moniz que forma uma das maiores caldeiras da ilha. A Lagoa das Patas ou da Falca, que junto com Os viveiros formam um conjunto harmonioso. A Chã das Lagoinhas, situadas na reserva geológica do Algar do Carvão.
Existe ainda o Farol da Serreta, e a Serra do Morião ou da Nasce Água, com os seus 632 metros de altitude na parte mais alta, encontra-se voltada à cidade de Angra do Heroísmo, constitui por si própria uma singularidade. O Pico da Bagacina. Elevando-se do mar, A Mata da Serreta, constitui uma grande reserva florestal que alberga variadíssimas espécies de fauna e flora. A Lagoa do Ginjal, que apesar da sua reduzida dimensões tem plantas únicas e protegidas por lei.

Baía da Praia da Vitória, Praia Grande, ilha Terceira, Açores, Portugal.
A Lagoa do Negro, que se situa por cima da Gruta do Natal. O Miradouro do Facho, no concelho da Praia da Vitória oferece uma panorâmica sobre a cidade da Praia da Vitória.
O Monte Brasil, às portas da cidade aloja o Forte de São Sebastião. O Jardim Duque da Terceira, quase um jardim botânico, Possui muitas plantas exóticas trazidas desde o inicio das aventuras marítimas. Os Ilhéus das Cabras, que oferecem um local de nidificação as diversas espécies marinhas que andam na costa.

250pxA zona central de Angra do Heroísmo, com a Sé Catedral de Angra do Heroísmo; em segundo plano, as muralhas do Fortaleza de São João Baptista e a encosta do Monte Brasil.
Depois das explicações apresentadas pode afirmar-se ainda que a Geomorfologiada ilha Terceira, apresenta uma forma bastante arredondada com uma única península bastante prenunciada que é o vulcão do Monte Brasil.
Tem, como já se disse o seu ponto mais elevado na Serra de Santa Barbara que se eleva a 1021 metros de altitude e uma extensa planície que se estende desde a Serra da Ribeirinha no Concelho de Angra do Heroísmo até à Serra do Cume no concelho da Praia da Vitória.
Segundo a Revista de Estudos Açoreanos, Vol. X, Fasc. 1, página. 49, de Dezembro de 2003, A Geomorfologia da Ilha Terceira é dominada por quatro grandes estratovulcões e por numerosos cones vulcânicos monogenéticos implantados em importantes fracturas. De W para E enumeram-se, sucessivamente, os seguintes aparelhos vulcânicos poligenéticos, truncados por imponentes caldeiras: A Serra de Santa Bárbara; o Maciço da Serra do Morião e maciço da Caldeira Guilherme Moniz; o Maciço do Pico Alto e o Complexo desmantelado da Serra do Cume, a Serra da Ribeirinha e a Caldeira dos Cinco Picos.
A economia da Terceira assenta sobretudo na agro-pecuária e nas indústrias associadas de transformação de lacticínios. Possui dois portos nas suas duas cidades, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, onde se situa o aeroporto internacional e a Base Aérea das Lajes. A cidade de Angra do Heroísmo é a mais antiga cidade açoreana (1534) e ao mesmo tempo sede da diocese de Angra, estabelecida em 21 de Agosto de 1534.

Estrada tipica dos Açores, caminhos de Hortênsias, Interior da ilha Terceira, Açores, Portugal.
Não se pode falar da Terceira sem falar da festa do Divino Espírito Santo. Este culto está ligado à Rainha Santa Isabel, entroncando nas raízes joaquimitas trazidas para os Açores pelos franciscanos espirituais. Este milagre é recordado todos os anos nas vilas e aldeias da Terceira na cerimónia da distribuição de pão e carne (o "bodo") pela população, celebrada junto aos "impérios", construções coloridas erigidas como capelas em honra do Espírito Santo. Este é um ritual que remonta à Idade Média que se repete ao longo dos séculos com um sentimento profundamente religioso.
A outra grande festa e com grandes tradições na ilha é a tourada à corda. Um touro preso com uma corda e controlado por dois grupos de quatro pastores investe contra os populares que se espalham pelas ruas das povoações. Os pastores desempenham um papel crucial na condução da tourada, controlando o percurso do touro, e a sua velocidade, e zelando pela segurança dos participantes.
Do trabalho da equipa de pastores depende, em boa medida, a exibição do animal, já que o grau de restrição imposto pela corda, e as pancadas, ou seja o impulso e tensão dados ritmicamente à corda, determinam a velocidade e percurso do animal. Da condução do touro depende também a segurança dos participantes, pois é a corda que mantém o animal dentro do percurso demarcado e, permite, atrasando o touro, evitar investidas excessivamente perigosas para os improvisados toureiros.

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VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ

Rumo ao III Congresso Internaciona das Festas do Divino Espírito Santo nos Açores/Portugal/Ilha Terceira/Do dia 13 a0 dia 19 de maio,vamos lá!! participar deste evento.